quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Tecnologia educacional transformadora só vem acompanhada de formação

Foto: Shutterstock

Quem procura inovar na Educação nunca estará completamente pronto. Hoje, você pode levar tablets para sua escola e amanhã, óculos de realidade virtual. Mas e, depois disso? Qual será a próxima novidade? Por essa razão, o Bett Brasil Educar 2016, maior evento em tecnologia educacional da América Latina, do qual participei, veio com uma mensagem muito forte sobre a importância da formação dos professores para o uso das ferramentas digitais.
Nós, educadores, estamos sempre nos atualizando, buscando formas mais eficientes ou envolventes de ensinar e aprender. Isso não implica aceitar qualquer ferramenta em nome de ser moderno. Escolher aquelas que mais atendem às demandas da sua escola é um processo que requer tempo e pesquisa, principalmente com o boom de tecnologia educacional. “É preciso conhecer tecnologia até para dizer não a ela”, disse Ligia Leite, ex-vice-presidente da Associação Brasileira de Tecnologia Educacional (ABT), em sua palestra no evento. “Sem essa competência, o professor acaba tendo que aceitar tudo o que lhe é empurrado”.
Basta ver como os materiais didáticos analógicos estão perdendo popularidade quando comparamos com os materiais didáticos feitos exclusivamente para o meio virtual, que estão em pleno crescimento desde 2012. Um exemplo é o aumento de 70% na oferta do ensino à distância entre 2005 e 2015, de acordo com a Associação Brasileira de Ensino a Distância (Abed).
Além disso, há iniciativas como a Geekie, que estão atingindo estudantes de todo o país, tanto dentro quanto fora da escola. Uma de nossas plataformas de aprendizagem adaptativa, o Geekie Games, por exemplo, está em todos os estados brasileiros. Neste ano, aliás, nos tornamos parceiros do programa nacional Hora do Enem, com potencial de impactar 2,2 milhões de jovens do 3º ano do Ensino Médio que estão se preparando para a prova.
Chegamos em um momento em que a tecnologia não pode mais ser ignorada pelas escolas. Para Maria Elizabeth de Almeida, educadora e pesquisadora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), “o maior desafio, depois de superadas as dificuldades de infraestrutura, é que os educadores compreendam o potencial pedagógico da tecnologia”. Por isso, Paulo Blikstein, professor da Escola de Educação e do Departamento de Ciência da Computação da Universidade de Stanford, defende que para cada dólar investido em tecnologia educacional, outros nove deveriam ser investidos em treinamento.
Isso vai de acordo com o que dizem todas as pesquisas realizadas recentemente: para melhorar índices educacionais, é preciso investir no professor. De acordo com a pesquisa The Long-Term Impacts of Teachers (O Impacto dos Professores a Longo Prazo, em tradução livre), realizada pelas universidades Columbia e Harvard, nos Estados Unidos, os estudantes que tiveram ótimos docentes chegam a ganhar R$ 90 mil a mais ao longo da carreira.
Precisamos, portanto, de educadores preparados para encarar as mudanças trazidas pelo século 21 e que já começaram a mexer com os alicerces da escola. E essa necessária “alfabetização tecnológica”, segundo Lígia Leite, só acontecerá com uma parceria que envolva políticas públicas efetivas, infraestrutura acessível de qualidade e instituições de ensino que apostem na capacitação da equipe.

Um abraço,
Claudio Sassaki

terça-feira, 23 de agosto de 2016

Conheça vídeos de professores youtubers para usar em suas aulas

Foto: Reprodução
Na edição deste mês, a revista NOVA ESCOLA traz uma matéria (que você pode ler aqui) sobre alguns canais do YouTube que ensinam Química e Física usando uma linguagem descomplicada e divertida. A ideia é mostrar como a plataforma de vídeos pode ajudar você, professor, a melhorar sua prática em sala de aula, inovando na metodologia e nas ferramentas de trabalho.
As produções dos vloggers, como são chamados os apresentadores desses canais, se destacam pelas explicações em um tom que foge dos formalismos acadêmicos e se aproximam do público.
O interessante é que os vídeos podem ser apresentados aos estudantes de várias formas: como uma aula invertida, onde a turma assiste em casa um vídeo indicado por você antes de o conteúdo ser abordado em classe, como um complemento à explicação de conceitos e como um disparador para novas discussões.
Confira uma seleção com quatros canais que disponibilizam conteúdos de Matemática, História, Língua Portuguesa e Geografia vão te ajudar a dar um F5 na sua aula! E se você quiser ver conhecer outros canais é possível acessar o YouTube Edu, resultado de uma parceria entre a Fundação Lemann e o Google. Por lá, é possível encontrar vídeos-aulas categorizadas por ciclo de ensino e disciplina.

Matemática Rio

Comandado pelo matemático Rafael Procópio, o canal já soma mais de 398 mil e quase 23 milhões de visualizações! Desde 2010, o professor disponibiliza aulas sobre conteúdos que atendem desde estudantes do Ensino Fundamental a concurseiros. Acesse em: http://bit.ly/1M3OuJS.

Se liga nessa história

Há dois anos a dupla Walter Solla e Ary Neto se dividem entre conteúdo e produção para colocar no ar vídeo-aulas sobre os mais diversos conteúdos de História. Divertido, o canal traz os apresentadores vestidos como personagens, utiliza ícones gráficos e intervenções musicais. Ary é responsável pela produção visual, enquanto Walter que é professor, cuida do conteúdo que já foi assistido por mais de 137 mil pessoas. Acesse em: http://bit.ly/2brYfui.

Redação e Gramática Zica

Boa parte das dúvidas que surgem enquanto estamos escrevendo podem ser resolvidas no canal da professora Pamela Brandão. Com 117.486 inscritos e há três anos no ar, a especialista em gramática e redação traz vídeos com temas que vão desde do uso da pequena e notória vírgula à complexa construção de uma conclusão de texto. Acesse em: http://bit.ly/26KhmDe.

Aula De

O canal é formado por um grupo de professores de diversas disciplinas, entre eles Gabryel Corrêa, um dos responsáveis pelos conteúdos de Geografia. No YouTube desde 2013, os vídeos do canal seguem uma linha mais “sala de aula”, e as explicações são ilustradas com lousa e canetão mesmo. Com mais de 50 milhões de cliques e 615 mil inscritos, o Aula De traz conteúdo novo sempre às terças, quarta e quintas-feiras. Acesse em: http://bit.ly/2boFinP.

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Use o Google Forms para elaborar questionários e compilar dados e respostas

Se você já respondeu alguma pesquisa pelo computador, muito provavelmente já conheceu o Google Forms. Basicamente, ele é um coletor de respostas que permite a qualquer pessoa criar formulários sobre qualquer assunto, de maneira gratuita. Por meio dessa ferramenta, é possível gerenciar as inscrições em um evento, realizar uma enquete rápida, montar um banco de arquivos de e-mails e por aí vai.
Não é difícil, portanto, chegar à conclusão de que na escola o Google Forms tem um grande potencial – algo que eu mesma tenho provado no meu dia a dia como diretora de escola.
Talvez a primeira ideia seja utilizá-lo para realizar provas online, em que os alunos responderiam as questões virtualmente. Mas há outras dezenas de usos. É possível consultar os alunos sobre os temas que gostariam de abordar na próxima Feira de Ciências, os professores acerca da disponibilidade de tempo para a montagem da grade horária e os pais em relação aos melhores horários e dias para as reuniões.
Realizar esses tipos de perguntas podem nem ser novidade. Mas a questão é que fazê-las por meio dessa ferramenta facilita (e barateia, já que não é preciso imprimir nada) todo o processo. As repostas chegam em tempo real e são organizadas, automaticamente, em gráficos, cujo formato você mesmo pode escolar.
Além disso, o formulário pode ser personalizado de acordo com a necessidade –  pode ser de múltipla escolha ou de respostas dissertativas, por exemplo. Também é possível incluir imagens e textos.
Meu colega Manuel Gomes Neto, professor de Ciências e orientador de Informática Educativa na EMEF Professor Lorenço Manoel Sparapan, localizada em São Paulo, conta como tem utilizado o Google Forms: “Como a ferramenta possibilita coletar, armazenar e analisar uma grande quantidade de informações de maneira simples e rápida, acaba facilitando uma série de atividades do cotidiano da sala de aula. Eu já o usei, por exemplo, para criar bancos de dados com informações dos alunos – e-mail, telefone, contato dos responsáveis, entre outras – que facilitam quando estamos organizando atividades externas”.
Mas Manuel não se limitou a isso. Criou formulários para realizar votações, avaliações objetivas e levantamento de dados sobre os alunos (veja outro exemplo aqui), para ajudá-lo a tomar decisões sobre os temas de suas aulas e as reflexões que queria fazer com os alunos.
“Também usei a ferramenta para receber feedbacks do meu trabalho e para realizar autoavaliações com os alunos. Os dados tabulados ao longo dos bimestres permitem que nós e eles possamos perceber os progressos alcançados ao longo do processo de aprendizagem. A experiência tem sido excelente”, finaliza.
Aqui você encontra três exemplos de formulários criados pelo professor: um para a formação de banco de dados, outro de pesquisa sobre o comportamento dos alunos em relação à tecnologia e um terceiro, de autoavaliação.
E só lembrando, os formulários também podem ser construídos de maneira coletiva, da mesma maneira como o Google Docs, como mostra o post da semana passada, que pode ser acessado aqui.

Jane Reolo

terça-feira, 16 de agosto de 2016

quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Tutorial: como editar documentos colaborativamente no Google Drive

Olá, educadores!

Já escrevi aqui no Blog de Tecnologia um pequeno tutorial sobre como usar o Google Drive, um serviço de armazenamento e sincronização de arquivos.
Agora, trago novas dicas. Dessa vez, em vídeo!
Sabia que é possível editar um arquivo ao mesmo tempo que outra pessoa? Saiba como utilizar esse e outros recursos do Google Drive!

 
Fonte: http://novaescola.org.br/blogs/tecnologia-educacao/2016/08/09/tutorial-como-editar-documentos-colaborativamente-no-google-drive/