quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Progestão Online - Oficina de Coordenadores e Técnicos NTE

Nos dias 29/02/2012 e 01/03/2012 aconteceu, em São Paulo, na Escola de Formação e Aperfeiçoamento dos Professores do Estado de São Paulo - EFAP,  Oficina com Coordenadores e Técnicos de NTE para trabalhar no Progestão Online. 
O Progestão - Programa de Capacitação a Distância para Gestores Escolares tem como objetivo formar lideranças escolares comprometidas com um projeto de gestão democrática da escola pública, cujo foco está no sucesso da aprendizagem dos alunos.
O curso constitui uma das bem-sucedidas iniciativas do Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Educação - CONSED e de seus parceiros, as Secretarias de Educação.
Considerando a crescente demanda do Programa, o CONSED firmou parceria com o Instituto Razão Social para o desenho e desenvolvimento do Progestão Online, curso totalmente a distância, via internet.
Partindo de problemas enfrentados pelos gestores em sua prática cotidiana, o Programa enfatiza o desenvolvimento de competências profissionais e saberes para lidar com processos participativos, relações com a comunidade, coordenação pedagógica da escola, gestão financeira, gestão de recursos humanos, evasão e repetência, violência, indisciplina, articulação do corpo técnico e administrativo, funcionamento dos conselhos escolares e avaliação institucional.
A Oficina foi desenvolvida pelos técnicos do Instituto Razão Social e os conteúdos trabalhados foram os seguintes:
Edição do Moodle, Concepção Pedagógica do Progestão Online, Estrutura do curso, Módulos e Atividades.
Participam representantes de 11 estados, sendo que o RS foi representado por:
Rosa Mosna -DP/SEDUC
Daniela Borba - DP/SEDUC
Márcia Assis - DP/SEDUC
Janir Terezinha Abelin - DP/SEDUC
Mara Denize Mazzardo - DP/CRE/NTE Santa Maria

Daniela - Mara e Rosa
Janir e Márcia














Participantes

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Inscrição Curso Tecnologias na Educação: ensinando e aprendendo com as TIC Turmas 2012






O curso destina-se aos professores da rede pública que pertencem a região de abrangência da 8ª CRE-RS. (Cacequi, Dilermando de Aguiar, Faxinal do Soturno, Formigueiro, Itaara, Ivorá, Jaguari, Júlio de Castilhos, Mata, Nova Esperança do Sul, Nova Palma, Quevedos, Santa Maria (somente professores da rede estadual), São Francisco de Assis, São João do Polêsine, São Martinho da Serra, São Pedro do Sul, São Sepé, São Vicente do Sul, Silveira Martins, Toropi e Vila Nova do Sul).
Turmas prevista para iniciar no mês março de 2012.

Turma 1/2012 Terças Turno Manhã (18 vagas) - NTE - Início: 20/03/2012
Turma 2/2012 Terças Turno Tarde. (18 vagas) - NTE - Início: 20/03/2012
Turma 3/2012 Quintas Turno Manhã (20 vagas) - Faxinal do Soturno - Início: 22/03/2012 
Turma 4/2012 Quintas Turno Tarde (20 vagas) - Faxinal do Soturno - Início: 22/03/2012 
Turma 5/2012 Terças Turno Manhã (20 vagas) - Júlio de Castilhos - Início: 27/03/2012 
Turma 6/2012 Terças Turno Tarde (20 vagas) - Júlio de Castilhos - Início: 27/03/2012 

Previsão de um encontro presencial mensal (totalizando 8 encontros)

Meses
NTE – 8ª CRE
Faxinal do Soturno
Júlio de Castilhos
Março
20
22
27
Abril
17
19
24
Maio
15
31
22
Junho
19
21
26
Julho
17
05
10
Agosto
14
16
21
Setembro
11
13
18
Outubro
02
04
09

As data podem ser alteradas conforme necessidade das turmas.

O curso visa a oferecer subsídios teóricos-metodológicos-práticos para que os professores e gestores escolares possam: 
# Compreender o potencial pedagógico de recursos das TIC no ensino e na aprendizagem em suas escolas; 
# Planejar estratégias de ensino e aprendizagem integrando recursos tecnológicos disponíveis e criando situações de aprendizagem que levem os alunos à construção de conhecimento, à criatividade, ao trabalho colaborativo e resulte efetivamente na construção dos conhecimentos e habilidades esperados em cada série; 
# Utilizar as TIC na prática pedagógica, promovendo situações de ensino que aprimorem a aprendizagem dos alunos. 
# Conhecer diferentes mídias com as quais pode trabalhar com o uso da tecnologia digital, identificar novas linguagens trazidas por estas mídias e compreender o respectivo potencial para o ensino e a aprendizagem, situando-as no contexto da escola que atua. 

Conteúdos: 
Unidade 1: Tecnologia na sociedade e na escola; 
Unidade 2: Internet, Hipertexto e Hipermídia; 
Unidade 3: Prática Pedagógica e Mídias Digitais; 
Unidade 4: Currículo, Projetos e Tecnologias. 

Oficinas: 
1 – Mapas Conceituais e Mapas Mentais 
2 – Conhecendo o Linux Educacional 
3 – WebQuest 
4 – Edição de Áudio – Audacity 
5 – Edição de Vídeo – Movie Maker 
6 – Arquivos HTML (criar Links para organizar material didático digital) 
7 – Disponibilizar Arquivos de Vídeo e Áudio nas Nuvens (www.soundcloud.com e www.youtube.com ) 
8 – Computação nas Nuvens – Google Docs e Picasa 

Obs.: os temas das oficinas podem ser alterados, de acordo com o interesse do grupo 

Critérios de seleção
1º) Ter Participado e concluído o curso Introdução à Educação Digital (40 h) ou outro curso sobre conhecimentos básicos em Informática e Internet 
2º) Ser professor regente. 
3º) Professores que atuam em setores. Neste caso, como existem atividades a serem realizadas com alunos, deverão ter disponibilidade de tempo para realizar as atividades em sala de aula em conjunto com um professor regente. 
4º) No Polo de Júlio de Castilhos, as escolas do referido município, terão 3 vagas em cada turma. 

Inscrições Encerradas.

Inscrição Curso Elaboração de Projetos - 40 h

O curso destina-se aos professores da rede pública que pertencem a região de abrangência da 8ª CRE-RS. (Cacequi, Dilermando de Aguiar, Faxinal do Soturno, Formigueiro, Itaara, Ivorá, Jaguari, Júlio de Castilhos, Mata, Nova Esperança do Sul, Nova Palma, Quevedos, Santa Maria (somente professores da rede estadual), São Francisco de Assis, São João do Polêsine, São Martinho da Serra, São Pedro do Sul, São Sepé, São Vicente do Sul, Silveira Martins, Toropi e Vila Nova do Sul). 
 
Turmas prevista para iniciar no dia 03 de abril de 2012. As aulas Presenciais serão no NTE - Santa Maria nas seguintes datas: 03 de abril, 08 de maio, 05 de junho e 03 de julho. 
 
Turma 1/2012 terças-feiras Turno Manhã - NTE (18 vagas) 
 
Turma 2/2012 terças-feiras Turno Tarde  - NTE (18 vagas) 
 
Previsão de um encontro presencial mensal no NTE de Santa Maria (totalizando 4 encontros) 
 
O curso "Elaboração de projetos tem como objetivo propiciar aos professores e gestores de escola o aprofundamento teórico sobre o conceito de projeto e suas especificidades no contexto escolar, bem como a articulação das práticas pedagógicas baseadas em projetos de trabalho com aspectos relacionados ao currículo e à convergência de mídias e tecnologias de educação existentes na escola. 
 
Conteúdos: 
Eixo 1: Projeto - Projeto: visão histórica - Projetos e o uso de Tecnologias - Distintas instâncias de projeto na escola - Pedagogia de Projetos e suas implicações nos processos de ensino e aprendizagem - Exemplos de projetos - Elaboração de projetos (roteiro) 
Eixo 2: Currículo - Currículo (concepções e tendências) - Integração de tecnologias ao currículo - Currículo por projetos - Projetos desenvolvidos em outros contextos educativos - O desenvolvimento do projeto na sala de aula 
Eixo 3: Tecnologia - Projetos e tecnologias: abrindo as fronteiras do currículo - Currículo na ação - Cartografia cognitiva e mapas conceituais 
 
Critérios de seleção: 
1º) Ter conhecimentos básicos em Informática e Internet (Curso Introdução à Educação Digital ou outro similar)
2º) Ser professor regente. 
3º) Professores que atuam em setores. Neste caso, como existem atividades a serem realizadas com alunos, deverão ter disponibilidade de tempo para a realizar as atividades em sala de aula em conjunto com um professor titular. 
Carga Horária: 40 h - 16 h Presencial (4 encontros presenciais de 4 h) e 24 a Distância utilizando um Ambiente Virtual de Ensino-Aprendizagem (Internet)
Inscrições Encerradas 

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Entrevista com Léa Fagundes sobre a inclusão digital

Pioneira no uso da informática educacional no Brasil, Léa Fagundes cobra políticas públicas para o setor e defende a ajuda mútua entre professores e alunos

A sala de informática do Laboratório de Estudos Cognitivos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) abriga, entre vários computadores de última geração, alguns equipamentos sucateados. Embora não sejam tão antigos, esses micros parecem pré-históricos perto dos demais. A comparação entre as máquinas ajuda a perceber a rapidez vertiginosa com que a tecnologia se renova.

Nesse ambiente hi-tech, instalado no Instituto de Psicologia da UFRGS, a professora Léa da Cruz Fagundes recebeu a reportagem de ESCOLA para esta entrevista sobre inclusão digital. Precursora do uso da informática em sala de aula no Brasil, a presidenta da Fundação Pensamento Digital, de Porto Alegre, tem alcançado resultados animadores com as experiências que desenvolve em comunidades carentes do estado. Elas mostram que crianças pobres, alunas de escolas públicas em que não se depositam muitas expectativas, têm o mesmo desempenho que as mais favorecidas quando integradas no ciberespaço.

Segundo a especialista, o caminho mais curto e eficaz para introduzir nossas escolas no mundo conectado passa pela curiosidade, pelo intercâmbio de idéias e pela cooperação mútua entre todos os agentes envolvidos no processo. Sem receitas preestabelecidas e os ranços da velha estrutura hierárquica que rege as relações entre professores e estudantes.

Léa defende a disseminação de softwares livres, sem custo e de fácil acesso pela internet. Consultora de programas federais que visam ampliar a inclusão digital nas escolas brasileiras, a professora pede mais seriedade à classe política: "Os projetos são iniciados e interrompidos periodicamente, pois as sucessivas administrações não se preocupam em dar suporte e continuidade a eles".

O que a senhora diria a um professor que nunca usou um computador e precisa incorporar essa ferramenta em sua rotina de trabalho?
Que não tenha medo de errar nem vergonha de dizer "não sei" quando estiver em frente a um micro. O computador não é um simples recurso pedagógico, mas um equipamento que pode se travestir em muitos outros e ajudar a construir mundos simbólicos. O professor só vai descobrir isso quando se deixar conduzir pela curiosidade, pelo prazer de inventar e de explorar as novidades, como fazem as crianças.

Como deve ser uma capacitação que ajude o professor a se adaptar a essas novas exigências?
É fundamental que a capacitação ofereça ao professor experiências de aprendizagem com as mesmas características das que ele terá de proporcionar aos alunos, futuros cidadãos da sociedade conectada. Isso pede que os responsáveis pela formação se apropriem de recursos tecnológicos e reformulem espaços, tempos e organizações curriculares. Nunca devem ser organizados cursos de introdução à microinformática, com apostilas e tutoriais. Esse modelo reforça concepções que precisam ser mudadas, como a de um curso com dados formalizados para consultar e memorizar. Em uma experiência desse tipo, o professor se vê como o profissional que transmite aos estudantes o que sabe. Se ele não entende de computação, como vai ensinar? Aprender é libertar-se das rotinas e cultivar o poder de pensar!

Que competências os educadores devem adquirir para utilizar com sucesso os recursos da informática?
Os professores em formação necessitam desenvolver competências de formular questões, equacionar problemas, lidar com a incerteza, testar hipóteses, planejar, desenvolver e documentar seus projetos de pesquisa. A prática e a reflexão sobre a própria prática são fundamentais para que os educadores possam dispor de amplas e variadas perspectivas pedagógicas em relação aos diferentes usos da informática na escola.

Onde o professor pode buscar informações sobre inclusão digital?
Ele pode visitar sites e participar de grupos de discussão. Consultar revistas especializadas e cadernos especiais dos jornais também ajuda muito. Outro caminho é buscar conhecimentos mais específicos com estudantes de escolas técnicas ou de cursos de graduação em informática e ouvir os próprios alunos.

É comum encontrar estudantes que têm mais familiaridade com a informática do que o professor. Como tirar proveito disso?
Transformando o jovem em um parceiro do adulto. Quando isso acontece, a relação educativa deixa de ser hierárquica e autoritária e passa a ser de reciprocidade e ajuda mútua. O educador não deve temer que o estudante o desrespeite. Ao contrário, o adolescente vai se sentir prestigiado por partilhar sua experiência e reconhecer a honestidade do professor que solicita sua ajuda. Esse fato é determinante para a criação de um mundo conectado.

A senhora coordena programas ligados à inclusão digital em escolas públicas. Que lições tirou dessa experiência?
Na década de 1980, descobri que o computador é um recurso "para pensar com", e que os alunos aprendem mais quando ensinam à máquina. Em escolas municipais de Novo Hamburgo, crianças programaram processadores de texto quando ainda não existiam os aplicativos do Windows, produziram textos de diferentes tipos, criaram protótipos em robótica e desenvolveram projetos gráficos. Hoje, encontro esses meninos em cursos de ciência da computação, mecatrônica, engenharia e outras áreas. Na Escola Parque, que atendia meninos de rua em Brasília, a informática refletiu na formação da garotada, melhorando sua auto-estima e evidenciando o desempenho de pessoas socialmente integradas. Alguns desses garotos foram contratados como professores e outros como técnicos.

Os alunos da rede pública têm o mesmo desempenho no uso da informática que os de escolas particulares e bem equipadas?
Sim. A tese de doutorado que defendi em 1986 me permitiu comprovar o funcionamento dos mecanismos cognitivos durante a construção de conhecimentos. Nos anos 1990 iniciei as experiências de conexão e confirmei uma das minhas hipóteses: as crianças pobres consideradas de pouca inteligência pelas escolas, quando se conectam e se comunicam no ciberespaço, apresentam as mesmas possibilidades de desenvolvimento que os alunos bem atendidos e saudáveis.

A educação brasileira pode vencer a exclusão digital?
Há excelentes condições para que isso aconteça. No Brasil já temos mais de 20 anos de estudos e experiências sobre a introdução de novas tecnologias digitais na escola pública. Esses dados estão disponíveis. O Ministério da Educação vem criando projetos nacionais com apoio da maioria dos estados, como o Programa Nacional de Informática Educativa (Proninfe) e o Programa Nacional de Informática na Educação (Proinfo). Muitas organizações sociais e comunitárias também colaboram nesse processo.

O que mais emperra o uso sistemático da informática nas escolas públicas?
A falta de continuidade dos programas existentes nas sucessivas administrações. Não se pode esperar que educadores e gestores tomem a iniciativa se o estado e a administração da educação não garantem a infra-estrutura nem sustentam técnica, financeira e politicamente o processo de inovação tecnológica.

Como o computador pode contribuir para a melhoria da educação?
Inclusão digital não é só o amplo acesso à tecnologia, mas a apropriação dela na resolução de problemas. Veja a questão dos baixos índices de alfabetização e de letramento, por exemplo. Uma solução para melhorá-los seria levar os alunos a sentir o poder de se comunicar rapidamente em grandes distâncias, ter idéias, expressá-las como autores e publicar seus escritos no mundo virtual.

Nossas escolas estão preparadas para utilizar plenamente os recursos computacionais?
A escola formal tem privilegiado essa concepção: é preciso preparar a pessoa para que ela aprenda. Mas o ser humano está sempre se desenvolvendo. Assim, as instituições também estão constantemente em processo. Por isso, a escola não precisa se preparar. Ela começa a praticar a inclusão digital quando incorpora em sua prática a idéia de que se educa aprendendo, quando usa os recursos tecnológicos experimentando, praticando a comunicação cooperativa, conectando-se. Mas algumas coisas ainda são necessárias. Conseguir alguns computadores é só o começo. Depois é preciso conectá-los à internet e desencadear um movimento interno de buscas e outro, externo, de trocas. Cabe ao professor, no entanto, acreditar que se aprende fazendo e sair da passividade da espera por cursos e por iniciativas da hierarquia administrativa.

Existe um padrão ideal de escola que usa a tecnologia em favor da aprendizagem?
Não é conveniente buscar padrões. Como sugeria Einstein, quando se trata de construir conhecimento é mais produtivo infringir as regras. O primeiro passo é reestruturar o espaço e o tempo escolares. Devemos dar condições para que os estudantes de idades e vivências diferentes se agrupem livremente, em lugares próximos ou distantes, mas com interesses e desejos semelhantes. Eles vão escolher o que desejam estudar. Essa liberdade definirá suas responsabilidades pelas próprias escolhas. Os professores orientarão o planejamento de forma interdisciplinar. Isso tudo é possível com o registro em ambiente magnético, que é de fácil consulta. Toda a produção pode ser publicada na internet, intercambiada e avaliada simultaneamente por professores de diferentes áreas.

Qual é sua avaliação sobre a proliferação de centros de educação a distância?
Nestes tempos de transição vamos conviver com projetos honestos e desonestos, alguns bem orientados e outros totalmente equivocados. O pior dos males é a voracidade do mercado explorador da educação a distância. Espero que a própria mídia tecnológica dissemine informações para o público interessado ter condições de analisar esses centros. É importante discriminar os cursos consistentes dos que "vendem ensino", ou seja, que reproduzem o ensino da transmissão, fora de contexto, em que o aluno memoriza sem compreender.

Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/politicas-publicas/planejamento-e-financiamento/podemos-vencer-exclusao-digital-425469.shtml

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Esse tal de Arduino

Por Tatiana de Mello Dias


Como uma plataforma aberta criada para estudantes impulsionou o hardware livre ao atrair curiosos e fãs de eletrônica que querem construir seus próprios aparelhos
Sábado, 11h, 30 graus. O calor em São Paulo estava quase insuportável, mas em um casarão no bairro Santa Cecília, ele não foi páreo para placas, fios e circuitos – trio que centralizou as atenções dos presentes. Na Oficina Arduino 100 Noção, todos os olhares estavam fixos nas entradas da protoboard, placa usada para o aprendizado de eletrônica.
Eles estavam lá para entender o que é, afinal, o Arduino, plataforma que populariza o conceito de hardware livre. Assim como o software, o hardware open source é desenvolvido de forma aberta, sem patentes, e seu projeto pode ser recriado de diferentes formas. E, depois dos conceitos, vem a prática. Tudo o que todo mundo queria, naquela manhã, era só uma coisa: fazer que a luzinha da placa acendesse.
A placa oficial
A oficina ocorre quinzenalmente no Garoa Hacker Clube, comunidade de amantes de eletrônica que funciona no porão da Casa de Cultura Digital. Quem dá as aulas é o desenvolvedor Cláudio Miklos, membro do clube fundado no começo de 2011. Ele não pediu autorização para começar a dar as oficinas sobre uma de suas paixões.
Criado em 2005, o Arduino surgiu como um projeto para estudantes. Aprender eletrônica era caro: um microcontrolador custava 100 euros. Por isso estudantes do Instituto de Design de Interação de Ivrea, na Itália, decidiram fazer sua própria placa. Buscaram colaboradores e, assim, Massimo Banzi criou uma tecnologia eficiente e acessível, compatível com Windows, Mac e Linux. As placas foram feitas em dois dias. Chegou a hora de fazer um software que as fizesse conversar com o computador.
“Surgiu a vontade de fabricar algo de maneira mais profissional”, diz Gianluca Maertino, cocriador da plataforma, no filme Arduino, o Documentário. Logo as placas começaram a ser vendidas – sem perder sua característica livre: qualquer um poderia recriá-las, desenvolvê-las e fazer qualquer coisa com aquilo.
É isso o que permitiu o surgimento de oficinas como a de Cláudio Miklos. Uma placa de Arduino custa cerca de R$ 100. Mas o padrão aberto permite que ela seja reproduzida e conectada ao software, barateando ainda mais a produção. Naquele sábado, os alunos trabalhavam em um kit que não custou mais do que R$ 30. E ali cada um tinha um objetivo diferente.
“Quero virar nerd de Arduino”, brincou a estudante de artes Aline Arcuri. Ela foi à aula por indicação de um professor da faculdade. Interessada em arte eletrônica, quer aprender a usar a plataforma para criar uma “floresta de LEDs” na Voodoohop, festa alternativa paulistana. “Arduino está em alta, mas não tenho muita paciência. Quer dizer, não tinha. Estou me forçando a ser nerd. Se tivesse ido para a balada ontem, hoje não estaria entendendo nada”, riu.
Cláudio Miklos e seus aluno
O analista de sistemas Dorival Lopes quer automatizar o acendimento das luzes da sua casa. “É muito caro comprar essas coisas”, disse, enquanto quebrava a cabeça para descobrir qual conexão estava errada – o seu LED não acendia. E acender a lâmpada é o primeiro indício de que a placa montada pelos alunos está funcionando.
“Não precisa ser nenhum gênio”, disse Miklos, forçando os alunos a testar uma a uma as conexões da placa atrás dos problemas. O primeiro LED a acender foi o do bancário Leonardo Luciano Silva. Ele é um aluno aplicado. Quer entrar para o Garoa Hacker Clube, mas precisa de uma indicação de um sócio – enquanto isso não acontece, ele frequenta os eventos ajudando os outros alunos.
A placa recriada com o LED devidamente aceso
“Acendeu!”, comemorou Rodolfo Araújo, também analista de sistemas. Ele tem um objetivo ambicioso: quer montar uma estação meteorológica na laje de sua casa e enviar as informações para a web, para oferecer previsão do tempo à região de Guarulhos. “Depois que se aprende a falar, o céu é o limite”, disse.
A placa de Arduino comprada pronta já vem com o LED funcionando e outras saídas – como USB e Bluetooth. Mas a ideia da oficina é mostrar aos alunos que é possível criar a própria placa – e desenvolver interações a partir dela. “Fazer nessa plaquinha dá muito mais noção do que está acontecendo”, disse Aline, a última a conseguir acender o LED – sem um pingo frustração. “Fazer hardware aberto é se divertir”, diz Miklos. “O Arduino é uma forma de entender o que está dentro dos eletrônicos e pegar o controle de volta”, diz o professor do ensino médio Joan Carlos de Mena no documentário.
Para todos. A revolução do Arduino vai além do hardware. Seu software transforma uma linguagem relativamente fácil para humanos (um C simplificado) em outra língua, mais difícil para homens, mas mais fácil para o hardware entender. Isso simplifica a criação de comandos para a placa, que vai conversar com o ambiente via sensores (de presença e temperatura) e pode ser conectada a outros objetos (até a um celular Android).
Por ser open source, há uma grande biblioteca de comandos. Quem cria um robô, objeto de arte, impressora 3D ou qualquer outro objeto físico para Arduino contribui com funções para a biblioteca. É conhecimento sobre conhecimento, o mesmo princípio do software livre
Quando ouviu falar da plataforma, o programador Zach “Hoeken” Smith pensou de cara em uma máquina que fabricasse objetos. Ele não entendia muito de eletrônica, mas deu certo. E hoje sua empresa, a Makerbot, vende impressoras 3D a um preço acessível (cerca de US$ 1 mil). É a única do tipo. A Makerbot pega um projeto de objeto em 3D e, com múltiplos Arduinos, funciona como um robô recriando o projeto em plástico. Se o projeto do objeto for open source, então os objetos também serão abertos. “O que nós tentamos fazer é tornar tudo open source”, diz Smith.
Como o Arduino é a primeira plataforma a adotar o conceito de hardware aberto, os padrões ainda são nebulosos. “A questão de open hardware ainda é complicada, não existe ainda uma licença”, diz Massimo Banzi. Mas, se o ritmo de desenvolvimento continuar o mesmo – hoje há 120 mil usuários do Arduino, contando só a placa oficial – a expectativa de seus criadores é que, em dez anos, apareça o primeiro computador Arduino. “Por que não?”, brinca David Cuartielles, cocriador da plataforma. (Fonte: http://blogs.estadao.com.br)


sábado, 11 de fevereiro de 2012

Tablet ou notebook: qual o melhor para levar à escola?

Escola deve acompanhar evolução tecnológica, diz ministro

Brasília - O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, disse nesta sexta-feira, 10, que a velocidade tecnológica é muito maior do que a capacidade que a escola tem de processá-la. Apesar disso, segundo ele, a escola não pode ficar à margem da evolução tecnológica. Na semana passada, o ministro anunciou que o Ministério da Educação (MEC) vai investir, este ano, cerca de R$ 150 milhões na compra de 600 mil tablets para uso dos professores do ensino médio de escolas públicas federais, estaduais e municipais. A tecnologia, afirmou, vai ser tão mais eficiente quanto maiores forem os cuidados pedagógicos e quanto maior for o envolvimento dos professores no processo. “Estamos definindo que, na educação, a inclusão digital começa pelo professor”, disse Mercadante. Para isso, o MEC já formou mais de 300 mil professores em tecnologias da comunicação e informação, em cursos de 360 horas. Além disso, o serviço de internet banda larga foi instalado em 52 mil escolas públicas urbanas. Com a entrega de novas tecnologias da informação, professores e escolas públicas terão acesso, por meio dos tablets, a conteúdos educacionais colocados à disposição no Portal do Professor. São aproximadamente 15 mil aulas, criadas por educadores e aprovadas por um comitê editorial do MEC. Além disso, o ministério oferece o Banco de Objetos Educacionais e o Domínio Público, que entre outras obras dispõe da coleção Educadores. Interativo – O MEC também ampliará a distribuição do computador interativo, equipamento que reúne projetor, microfone, DVD, lousa e acesso à internet. Unidades desse computador já foram distribuídas nas escolas de ensino médio. No segundo semestre, chegarão os tablets, em modelos de sete ou dez polegadas, coloridos, com bateria para até seis horas, peso abaixo de 700 gramas, tela multitoque, câmera e microfone para trabalho multimídia, saída de vídeo e conteúdo pré-instalado, entre outras características. Aos computadores serão integradas as lousas eletrônicas, compostas de caneta e receptor. Acopladas ao computador interativo, elas permitirão ao professor trabalhar o conteúdo disponível em uma parede ou quadro rígido, sem a necessidade de manuseio do teclado ou do computador. Projeto-piloto – A entrega dos equipamentos digitais a professores e escolas integra o projeto Educação Digital – Política para Computadores Interativos e Tablets. Ele surgiu para oferecer instrumentos e formação aos professores e gestores das escolas públicas relativos ao uso intensivo das tecnologias de informação e comunicação (TICs) no processo de ensino e aprendizagem. Entre 2008 e 2011, o MEC criou o projeto-piloto Um Computador por Aluno (UCA), com a aquisição de computadores portáteis para estudantes da rede pública. Essa compra fez parte do Programa Nacional de Informática na Educação (ProInfo Integrado), integrante da política nacional de tecnologia educacional do MEC, destinado a promover o uso pedagógico da informática na rede pública de ensino fundamental e médio, com a oferta de infraestrutura, capacitação e conteúdos educacionais. Em 2008, em fase experimental, o projeto foi implementado em São Paulo, Porto Alegre, Brasília, Piraí (RJ) e Palmas. Em uma segunda fase, foram adquiridos 150 mil computadores para estudantes de 380 escolas da rede pública. A infraestrutura de acesso à internet sem fio foi instalada à medida que os computadores eram entregues. Posteriormente, professores receberam capacitação para uso do equipamento e da tecnologia no processo pedagógico escolar. Os municípios e estados ficaram responsáveis por dar continuidade ao projeto. Em 2010, numa terceira etapa, o projeto–piloto evoluiu para o Programa Um Computador por Aluno (Prouca), com apoio do Regime Especial de Aquisição de Computadores para Uso Educacional (Recompe). A partir de então, estados e municípios puderam adquirir os equipamentos portáteis de empresa selecionada por edital. Ao todo, foram comprados 375 mil computadores por 372 municípios. A avaliação de equipes de pesquisadores de 27 instituições de ensino superior norteará a continuidade do programa.(Fonte:http://info.abril.com.br)

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Curso Introdução à Educação Digital Turma 54

Nos dias 08 e 09 de fevereiro os professores municipais de São João do Polêsine participaram da primeira etapa do curso Introdução à Educação Digital. As aulas foram desenvolvidas no Laboratório de Informática da E.E.E Básica João XXIII.

Professores realizando as atividades

Discussão com o grupo

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Configuração Monitor e Vídeo 1360x768 60Hz

Existe um problema com a configuração do monitor que é bem comum nos computadores multiusuário.
Geralmente um dos monitores funciona perfeitamente, já o outro aparece o seguinte erro:

“Not Optimum Mode
Recommended Mode:
1360x768 60Hz”


E dentro de poucos segundos a tela fica preta permanecendo a mesma mensagem do monitor na tela.
Para solucionar este problema é necessário reiniciar as configurações do USERFUL.
Nos computadores multiterminais possui um programa que se chama USERFUL que se encontra em "Iniciar --> Sistema --> USERFUL". Assim que abrir o programa, clique na opção “Apagar Configuração dos monitores em todas as estações” conforme a figura abaixo, e reinicie o computador.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

MEC Distribuirá Tablets para os Professores de Ensino Médio

O Ministério da Educação vai investir cerca de R$ 150 milhões neste ano para a compra de 600 mil tablets para uso dos professores do ensino médio de escolas públicas federais, estaduais e municipais. De acordo com o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, os equipamentos serão doados às escolas e entregues no segundo semestre.